A campanha Novembro Azul chega em 2019 mais uma vez com objetivo de discutir problemas de saúde que acometem aos homens, com foco especial na prevenção ao câncer de próstata. Este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que mais de 68 mil novos casos da doença surgiram em 2018. As maiores vítimas são homens a partir dos 50 anos, além de pessoas com histórico da doença em parentes de primeiro grau. A ideia da Campanha Novembro Azul é fazer com que os homens se tornem mais conscientes e alertar para preconceitos que podem colocar em risco suas vidas.

Os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. As causas são a negligência em se procurar serviços de saúde e seguir os tratamentos; sedentarismo; abuso de álcool, tabaco e outras drogas; má alimentação; e maior risco de contrair ISTs – Infecções Sexualmente Transmissíveis. Também são as maiores vítimas de lesões por violência; acidentes de trabalho e de trânsito; doenças cardiovasculares e neoplasias.

Dados nacionais

Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registra mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata por ano. É previsto que 1 a cada 6 homens será acometido pela doença nos próximos anos. Ainda conforme o Ministério, 51% dos homens nunca teve uma consulta com um urologista. Porém, quando diagnosticado com antecedência, o paciente tem cerca de 90% de chances de ser curado do câncer de próstata.

Em Goiás, as unidades geridas pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) apoiam a Campanha Novembro Azul.

Ações no ano todo

O Ministério da Saúde atua para ampliar o debate sobre a saúde do homem, com recomendações para o planejamento de ações e serviços que possam abordar o primeiro contato com as equipes de Atenção Primária à Saúde. Desde 2015, o Ministério e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomendam que se estruture de forma permanente abordagens para o acesso e acolhimento, prevenção de violências e acidentes, planejamento familiar, saúde sexual, saúde reprodutiva, paternidade ativa, hábitos de vida saudáveis e cuidado de doenças como diabetes e hipertensão.

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) foi instituída em 2009 e visa promover a melhoria das condições de saúde para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população, por meio da abordagem dos fatores de risco e facilitação do acesso às ações e aos serviços de saúde. O Ministério da Saúde desenvolve estratégias para a implementação da PNAISH, a partir de cinco Eixos Prioritários:

  1. Acesso e Acolhimento;
  2. Planejamento Familiar,
  3. Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva (PFSSSR);
  4. Paternidade e Cuidado;
  5. Violências e Acidentes;
  6. e Doenças Prevalentes.

Consta como objetivo da PNAISH, facilitar e ampliar o acesso da população masculina às ações e aos serviços de assistência à saúde na Rede de Atenção à Saúde (RAS), mediante a atuação nos aspectos socioculturais, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbimortalidade e a melhoria das condições de saúde dos homens.