O Brasil possui um calendário vacinal para adultos, mas a baixa procura tem sido um dado preocupante. São quatro vacinas indicadas para pessoas de 20 a 59 anos: Hepatite B, Febre Amarela, Tríplice Viral e Dupla Adulto (Difteria e Tétano). Em alguns casos, o percentual de cobertura dessas vacinas não chega a 5%, mesmo havendo surtos recentes de algumas doenças, como o de febre amarela.

Boletim emitido pelo Ministério da Saúde demonstrou que a taxa de cobertura da vacina contra hepatite B foi de 46% entre 1994 e 2013. Nesse período o público-alvo dessa vacina eram adolescentes e adultos até 29 anos. A partir de 2013 ela passou a ser introduzida também para adultos entre 30 e 39, mas mesmo assim a cobertura caiu para 39,4%.

O calendário foi regulamentado pelo Ministério da Saúde e leva em consideração a situação vacinal anterior da pessoa. Estando em dia com as vacinas, o adulto se previne contra doenças como sarampo, caxumba e rubéola. No processo também há a imunização contra gripe, para os casos em que a pessoa não sabe sua situação vacinal.

Motivos da não vacinação

Existe uma cultura da desinformação entre as pessoas sobre a importância de manter a cobertura vacinal também na vida adulta. Isso leva a um segundo fator que é a taxa de abandono. A vacina contra tétano, por exemplo, tem a primeira dose aos 2 meses de vida e o reforço feito aos 4 anos.

Depois dessa fase inicial, um novo reforço precisa ser feito a cada 10 anos, mas é comum que a partir da adolescência as pessoas deixem a vacinação de lado.

Dificuldade de controle

O sistema de controle de vacinação no Brasil tem avançado no processo de informatização que garante uma melhor atualização sobre dados de pessoas não vacinadas. Até o ano passado, 65% das salas de vacinação começaram a implementar o sistema digital. Mas é preciso que as pessoas sejam registradas. Além disso, a carteira de vacinação em papel ainda é uma realidade que também dificulta o mapeamento.

Postos de vacinação em Pirenópolis

De acordo com a Secretaria de Saúde, são quatro postos de vacinação na cidade. 3 para a população urbana (Alto da Lapa, Osego e Bonfim) e 1 para o meio rural (Jaranápolis).

Vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde

Hepatite B – Três doses, dependendo do histórico vacinal
Febre amarela – Uma dose, caso não tenha sido imunizado ainda
Tríplice viral – Caso nunca tenha sido vacinado, tomar duas doses entre 20 e 29 anos e uma dose entre 30 e 49 anos
Dupla adulto (DT) – Reforçar a cada 10 anos